Aprenda a resposta certa para as perguntas mais complicadas dos recrutadores
As entrevistas de emprego estão mais complicadas. Um estudo da consultoria Korn/Ferry, especializada em recrutar diretores e presidentes no mundo inteiro, concluiu o que, na prática, headhunters e candidatos já sentem na pele: as entrevistas de trabalho não são mais meras comprovações de competências técnicas e realizações passadas. Elas caminham para se tornar avaliações comportamentais, em que o candidato é avaliado desde o primeiro contato telefônico. "Como o entrevistador está mais rigoroso, o candidato precisa estar muito bem preparado para ver, em poucos minutos, sua vida profissional ser detalhada minuciosamente", diz Rodrigo Araújo, sócio-diretor da Korn/Ferry no Brasil.
Se passar pelo contato telefônico, o profissional terá uma conversa pessoal, na qual serão recordadas as fases mais complicadas da carreira — aquelas que envolvem arrependimentos, pontos fracos e decisões equivocadas. “Não é para constranger, mas para conhecer quem está por trás daquele estereótipo de candidato ideal, que permeia quase todos os currículos recebidos atualmente”, diz Lucia Costa, sócia-diretora da Mariaca, consultoria em gestão de capital humano. O objetivo é descobrir se a inteligência emocional do candidato ou seu estilo social combinam com o da vaga e o da empresa pretendida.
De acordo com os especialistas, ainda são poucos os executivos que ficam a vontade para falar sobre si mesmo ou sobre experiências adquiridas em situações delicadas. Por isso, a VOCÊ S/A separou algumas perguntas que exigem raciocínio complexo e mostra como você deve se portar em cada uma delas para ter sucesso numa entrevista de emprego.
QUANDO O HEADHUNTER DIZ: “Quais foram as críticas profissionais que você já recebeu que mais lhe surpreenderam?”
> ELE QUER TESTAR: Autenticidade, sinceridade e humildade em reconhecer falhas.
> COMO AGIR: “Escolha episódios que lhe chamaram atenção, mas nada que coloque em dúvida seu desempenho para a vaga em questão. Acrescente o que aprendeu e como você encara cada falha como uma oportunidade para se aperfeiçoar”, diz Marcelo Abrileri, presidente do site Curriculum.com.br.
> ATENÇÃO: Evite respostas que disfarçam um ponto positivo como se fosse negativo (por exemplo: “Era exigente demais, perfeccionista ou workaholic”). Elas passam a ideia de artificialidade.
QUANDO O HEADHUNTER DIZ: “Como você descreveria a cultura corporativa das últimas empresas por onde passou?”
> ELE QUER TESTAR: Lealdade e capacidade de se adaptar a diferentes tipos de gestão.
> COMO AGIR: “Faça um paralelo sobre o jeito de cada empresa trabalhar. Ao falar do que gostava e não gostava, seja honesto, mas apele para dados de conhecimento geral”, diz Lucia Costa, da Mariaca. “Diga, por exemplo: ‘Empresas alemãs são mais rígidas e burocráticas hierarquicamente, e eu me ressentia por mais agilidade. Por outro lado, gostava da estabilidade’.”
> ATENÇÃO: Não seja crítico e sarcástico em relação a chefes e empresas. Quem está sendo avaliado é você, não seus antigos patrões.
QUANDO O HEADHUNTER DIZ: “Conte algumas histórias sobre você em ‘ação’”
> ELE QUER TESTAR: Como você se vira na adversidade (sob pressão e prazos curtos).
> COMO AGIR: “Em qualquer entrevista, seu objetivo é convencer o recrutador de que você dá conta do recado”, diz Rodrigo Araújo, da Korn/Ferry. Conte iniciativas em que você foi o responsável, quais os desafios que esperava e o que realmente encontrou. E depois mostre os resultados: como esses obstáculos foram superados e de que forma isso o deixa pronto para futuros obstáculos.
> ATENÇÃO: Seja objetivo. Contar “um pouco” significa contar em três minutos no máximo.
QUANDO O HEADHUNTER DIZ: “Como você gerencia pessoas com pontos de vista diferentes dos seus”
> ELE QUER TESTAR: Talento para liderar um time.
> COMO AGIR: Cite projetos em que houve divergências de opinião e como você conseguiu ajudar todos a chegar a um consenso. “Por trás da pergunta, o examinador quer saber se você é sensível ao ponto de captar o que cada funcionário tem para oferecer de melhor”, diz Marcelo Abrileri, do Curriculum.com.br.
> ATENÇÃO: Aqui está sendo medido seu eventual grau de autoritarismo e como você impõe suas ideias.
QUANDO O HEADHUNTER DIZ: “Que opinião seus subordinados têm de você? E seus chefes?”
> ELE QUER TESTAR: Aptidão para ouvir e transmitir feedback.
> COMO AGIR: “Se você já passou por avaliações do tipo 360o, fica mais fácil saber o que chefes e colegas pensam”, diz Lucia, da Mariaca. “Senão, prove que você se preocupa em obter a opinião da equipe.”
> ATENÇÃO: Ninguém vence sozinho. Exalte a importância de todos que trabalham com você.
QUANDO O HEADHUNTER DIZ: “Como você se vê daqui a cinco anos?”
> ELE QUER TESTAR: Capacidade de enxergar e se planejar no longo prazo.
> COMO AGIR: “Não há problema em abrir suas aspirações para o futuro, mas evite citar nomes de empresas (principalmente das concorrentes) e cargos específicos”, diz Lucia, da Mariaca.
> ATENÇÃO: Passe a noção de que você está à procura de uma empresa com a qual possa estabelecer uma ligação duradoura.
QUANDO O HEADHUNTER DIZ: “Qual é seu maior arrependimento na carreira?”
> ELE QUER TESTAR: Capacidade de compartilhar aprendizados de experiências, até mesmo as decepcionantes.
> COMO AGIR: “Diga a verdade, mas também o que você teria feito de forma diferente se pudesse voltar no tempo e como tem aplicado esse aprendizado em outras situações”,
diz Rodrigo Araújo, da Korn/Ferry.
> ATENÇÃO: Não se faça de vítima, alegando que as circunstâncias da época eram injustas, por mais que fossem.
http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/como-ter-sucesso-entrevista-emprego-490730.shtml
sábado, 2 de janeiro de 2010
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Olá pessoal! Resolvi ser seguidora do Site do Emerson Luís pela autenticidade do texto recebido por meio do Alerta Google websites e sendo assim, compartilhar este texto: "Como ser Bem-Sucedido na Entrevista" de ação & reflexão no meu Blog. Como reflexão ele é válido para nós funcionários públicos refletirmos o nosso trabalho individual e coletivo, adaptando o texto para o nosso Espaço/Tempo educacional, nossas ações intencionais no dia-a-dia de trabalho, atualmente não passamos por entrevistas, ainda, nos concurso público, mas somos avaliados todos os anos individualmente, por nossos pares e por nossos gestores, bem como os avaliamos profissionalmente. Acompanho por meio da vasta literatura e por meio dos amigos concurseiros, o quanto, cada vez mais está difícil passar nos concursos públicos e a concorrência é grande! A auto-estima dos concurseiros que por dias dividiram o seu tempo ente estudo e trabalho ou abandonaram o trabalho de que necessitam para se dedicarem tão somente ao preparo de um concurso em que depositam toda a sua esperança num futuro mais estável e provedor de ideais, planejamento, plano para uma vida melhor, mais estável... Cada qual em busca dos seus sonhos. Parabenizo o Emerson por compartilhar suas idéias em prol dos concurseiros, os quais muitas vezes em situações desiguais por não fazerem parte do grupo de amigos que já se encontram na profissão almejada e têm sugestões de como se comportar em tal situação e precisam de um empurrãozinho, explicitando o que se espera do candidato.
ResponderExcluirCordialmente,
Sua seguidora Sonia Gallego