quinta-feira, 30 de abril de 2009

Complexo de Vítima Impotente

Para entender o Brasil e os brasileiros, precisamos aprender sobre a forte herança cultural ibérica (Portugal + Espanha) que recebemos e que até hoje influi poderosamente em todas nossas instituições sócio-culturais e econômicas do nosso país.

Durante grande parte de sua História, Portugal e Espanha travaram uma intensa luta para preservar suas independências políticas e identidades nacionais. Essa luta para sobreviverem como nações requeria comandantes fortes e incontestes e uma alta coesão interna. O resultado foi uma organização social altamente centralizada, diferente da maioria das nações da Europa ocidental cujo sistema feudal permitiu maior distribuição e balanceamento do poder. A concentração de poder nas mãos de uma única pessoa acostumou o povo à inércia quanto ao seu destino e aguardar providências desse Protetor do Povo e Salvador da Pátria. E esse padrão transferiu-se para suas colônias.

Esse fenômeno pode ser observado até hoje em nossa cultura, tanto na política quanto na vida empresarial e pessoal. As pessoas esperam uma “salvação” ou solução vinda de fora, de algum outro lugar, concentrada na figura de um único personagem. Não acreditam ou nem sequer conhecem suas próprias forças e capacidade de solucionar. Ficam aguardando ansiosamente um líder carismático surgindo de repente, pronto para destruir o inimigo, detentor de todas as respostas e soluções.

Esse traço cultural causa efeitos prejudiciais na sociedade brasileira e na nossa vida pessoal. À medida que esperamos um agente externo para resolver as dificuldades, há uma ausência de iniciativa e compromisso com o que nós podemos fazer e não assumimos nenhuma parcela de responsabilidade nem perante os resultados negativos obtidos nem pelos resultados futuros potencialmente positivos.

Outra característica deste traço cultural: confundimos “responsabilidade” com “culpa” e queremos nos livrar totalmente delas. Ou então as assumimos de uma forma disfuncional. Rejeitamos a auto-análise (e conseqüentemente a autocrítica). É muito difícil dar e receber feedbacks, pois tanto quem emite quanto quem recebe tende a levar para o lado pessoal em vez de se concentrarem em fatos, princípios e objetivos. Na ocorrência de insucessos ou de uma fase de estagnação ou degeneração, toda a responsabilidade é atribuída ao líder atual e aguarda-se esperançosamente o novo Salvador da Pátria. Alguns políticos desonestos e outros líderes manipuladores exploram magistralmente em benefício próprio esse traço cultural.

Precisamos erradicá-lo de nosso modo de pensar, falar e agir substituindo-o por um paradigma de "responsa + habilidade" para modificar os resultados que obtemos em nossa vida pessoal, profissional e organizacional, em termos não apenas de êxito quantoa metas, mas também em bem-estar emocional e existencial.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Boas Maneiras no Elevador

Você preocupa-se com as boas maneiras à mesa, no ambiente de trabalho, nos encontros de negócios, mas... e no elevador? Essas pequenas viagens costumam ser um campo fértil para gafes e escorregadas que podem comprometer a sua imagem profissional.

Veja algumas dicas para se comportar bem no elevador:

1. Seja discreto. Não faça comentários sobre problemas pessoais ou de trabalho com seu colega. Nunca se sabe quem pode estar ouvindo.

2. Não atenda celular no elevador. O sinal nunca é bom o que, invariavelmente, leva o interlocutor a levantar a voz. É desagradável para quem está do lado.

3. Não segure a porta para continuar a conversa. Pode parecer óbvio, mas muita gente ainda desconhece que elevador não é local para bate-papo. Isso demonstra uma falta de educação e de respeito com os outros.

4. Não tenha pressa. Essa é uma regra básica de educação no elevador: você só deve entrar depois que todos já tiverem saído.

Fonte: Adaptado da revista Veja 25/10/2000