segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Enfrentando a Crise

" Orçamentos apertados promovem criatividade. Olhe para os orçamentos apertados como um desafio." (Roberto Duailibi, publicitário)

Na mídia e nas conversas em todos os lugares e momentos, o grande assunto é a crise econômica que se formou no exterior e que começa a se instalar no Brasil. Muitos fazem pouco caso por causa da sensação de que já vimos esse filme antes. Outros ficam imobilizados com as expectativas. De modo geral, temos know how para enfrentar essa crise, mas precisamos nos preparar para ela e utilizar de forma especial nossos conhecimentos, habilidades, atitudes e talentos.

Empresas e indivíduos reagem de diversas maneiras. Alguns ficam parados esperando a crise parar e podem ser engolidos por ela. Outros querem fugir tomando medidas preventivas inadequadas e até mesmo contraproducentes que no longo prazo vão acabar mais prejudicando do que beneficiando. E alguns utilizam suas competências para atravessar a crise e sobreviver, terminando tão bem ou até melhor do que começaram. Em períodos de retração, as marcas de maior recall em geral são as de menor retração. Essa é a postura mais produtiva. Não existe receita pronta, mas precisamos adotar um procedimento de gestão ativo, estratégico e saber investir em tecnologia, capacitação técnica e motivação. Também temos que continuar divulgando nosso trabalho, investir em publicidade.

Temos que utilizar o raciocínio e a criatividade para encontrar métodos mais eficazes para conquistar, satisfazer e fidelizar nossos clientes (internos e externos). Precisamos cuidar de nossos pontos de vendas, da comunicação e relacionamento, da qualidade do atendimento, da logística, da apresentação do nosso produto e/ou serviço, etc. A crise pode ser um estímulo para a renovação e aprimoramento.


TREINAMENTO DURANTE A CRISE?

" Se você acha treinamento caro, considere quanto custa a ignorância." (Ray Kroc, fundador da McDonald's)

Ninguém discorda em tese de que capacitar os colaboradores em uma era tão exigente como a que vivemos é fundamental para a empresa atualizar-se, antecipar-se às mudanças, adequar-se às novas realidades. Entretanto, diante do imperativo de conter e reduzir custos, surge a questão pragmática: compensa mesmo investir tempo e dinheiro com treinamento agora? Ou é melhor adiar para tempos mais favoráveis? O que é mais adequado para nossa organização? Treinar ou economizar?

Um investimento específico em capacitação deve ser feito quando estiver claro que vai contribuir para resultados positivos para a empresa no curto e/ou no longo prazo. Precisamos de colaboradores e equipes cooperativos e comprometidos com a qualidade do produto e serviço e com a satisfação do cliente interno e externo, e que assim tornem a organização mais competitiva

Antes de aceitar qualquer treinamento, o primeiro passo é identificar com nitidez a real necessidade (ou possibilidade) que queremos atender com ele. O programa deve ter uma aplicação prática na realidade cotidiana e não se limitar à teorização. Os gestores dos colaboradores em treinamento precisam acompanhar todo o processo de capacitação, ainda que à certa distância. O treinamento em geral deve estar diretamente vinculado às necessidades da empresa ou provavelmente é um desperdício de tempo e recursos, o que não podemos fazer.

Precisamos de equilíbrio e bom senso. Em um pólo, não podemos esbanjar ou subaproveitar nossos recursos com treinamentos que não atendem as necessidades e/ou possibilidades da empresa, no curto ou no longo prazo, direta ou indiretamente. No outro pólo, não devemos generalizar e suprimir todos os treinamentos. Essa reação fecha as portas e janelas da empresa, fazendo as pessoas respirarem ar preso e viciado e contagiarem-se mutuamente. Bem dirigidos, os processos de capacitação e reciclagem são momentos de alívio, renovação e aprimoramento para a empresa, que podem transformar suas equipes em times de fato.